O testemunho de conversão de Paulo ganha muito mais realce na Nova Tradução na Linguagem de Hoje: “Eu “era” fariseu... Eu “era” tão fanático, que persegui a Igreja” (Fp 3.5-6).
Lembrar a sua militância dentro do partido religioso e político dos fariseus foi um ato de extrema coragem de Paulo. Jesus denunciou essa seita judaica com grande veemência, principalmente num dos seus últimos discursos. No capítulo 23 de Mateus, ele os chama abertamente de hipócritas sete vezes. Os fariseus explicam a lei de Moisés, mas “não fazem o que ensinam” (v. 3). Amarram fardos pesados nas costas dos outros, mas não os ajudam “nem ao menos com um dedo a carregar esses fardos” (v. 4). Copiam e amarram na testa e nos braços trechos das Sagradas Escrituras só para serem notados pelos outros (v. 5). Adoram ser tratados com respeito e chamados de mestres nos espaços públicos (v. 7). Trancam a porta do reino do céu, não entram “nem deixam que entrem os que estão querendo entrar” (v. 13). Exploram as viúvas, roubam-lhes os bens e, “para disfarçarem, fazem longas orações” (v. 14). Atravessam os mares e viajam por todas as terras fazendo proselitismo e, quando alguém se converte, “tornam essa pessoa duas vezes mais merecedora do inferno” do que eles mesmos (v. 15). Ensinam uma porção de coisas inexatas, dão o dízimo até da erva-doce, “mas não obedecem aos mandamentos mais importantes da lei” (v. 23) e têm o vício de coar mosquitos e engolir um camelo (v. 24). O pior de tudo é que os fariseus fazem questão de lavar o copo e o prato só por fora, deixando dentro deles as coisas que “conseguiram pela violência e pela ganância” (v. 25). Ao dizer que os fariseus eram “como túmulos pintados de branco, que por fora parecem bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos e podridão” (v. 27), Jesus poderia ter usado o dito popular “Por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento” ou o seu correspondente “Por fora, muita farofa; por dentro, não tem miolo”.
Certamente, Paulo, nem mesmo antes da sua conversão, tinha essas características próprias dos fariseus. Porém viajava de cidade em cidade para desconverter os cristãos. Ele mesmo conta ao rei Agripa: “Durante muito tempo eu os castiguei em todas as sinagogas e os forcei a negar a sua fé. Tinha tanto ódio deles, que até fui a outras cidades para persegui-los” (At 26.11).
Não é fácil mudar de vida. Não é fácil deixar de lado estilos de vida herdados, ensinados, aprendidos, experimentados, adotados, vivenciados e arraigados por muitos anos. Também não é fácil livrar-se de certas dependências, como a dependência do álcool, da maconha, da cocaína, da pornografia. Não é nada fácil mudar de comportamento, do ódio para o amor, do egoísmo para o altruísmo, da soberba para a humanidade, do pão-durismo para a mão aberta. Não é nada fácil mudar de posição religiosa, do ceticismo para a fé, da indiferença para o fervor, da ignorância para as convicções, da irreverência para o temor do Senhor.
Todavia, além do exemplo de Paulo, a história bíblica e a história moderna estão cheias de mudanças reais e definitivas. No último instante de vida, um dos ladrões crucificados ao lado de Jesus deixou de escarnecer do Senhor (Mt 27.44) e passou para o lado dele (Lc 23.39-43). Paulo garante que muitos cristãos de Corinto, na Grécia, o elo entre Roma, a capital de império, e o Oriente, eram ex-adúlteros, ex-alcoolistas, ex-assaltantes, ex-fofoqueiros, ex-homossexuais ativos e passivos, ex-trapasseiros. Todos foram poderosamente alcançados pela graça especial de Deus, lavados, justificados e santificados em Cristo Jesus (1Co 6.9-11).
Ainda há esperança para homens e mulheres de qualquer lugar, de qualquer idade e de qualquer situação. Muitos ainda podem vir a declarar como Paulo: “Eu “era” fariseu... Eu “era” tão fanático, que persegui a Igreja”.
Lembrar a sua militância dentro do partido religioso e político dos fariseus foi um ato de extrema coragem de Paulo. Jesus denunciou essa seita judaica com grande veemência, principalmente num dos seus últimos discursos. No capítulo 23 de Mateus, ele os chama abertamente de hipócritas sete vezes. Os fariseus explicam a lei de Moisés, mas “não fazem o que ensinam” (v. 3). Amarram fardos pesados nas costas dos outros, mas não os ajudam “nem ao menos com um dedo a carregar esses fardos” (v. 4). Copiam e amarram na testa e nos braços trechos das Sagradas Escrituras só para serem notados pelos outros (v. 5). Adoram ser tratados com respeito e chamados de mestres nos espaços públicos (v. 7). Trancam a porta do reino do céu, não entram “nem deixam que entrem os que estão querendo entrar” (v. 13). Exploram as viúvas, roubam-lhes os bens e, “para disfarçarem, fazem longas orações” (v. 14). Atravessam os mares e viajam por todas as terras fazendo proselitismo e, quando alguém se converte, “tornam essa pessoa duas vezes mais merecedora do inferno” do que eles mesmos (v. 15). Ensinam uma porção de coisas inexatas, dão o dízimo até da erva-doce, “mas não obedecem aos mandamentos mais importantes da lei” (v. 23) e têm o vício de coar mosquitos e engolir um camelo (v. 24). O pior de tudo é que os fariseus fazem questão de lavar o copo e o prato só por fora, deixando dentro deles as coisas que “conseguiram pela violência e pela ganância” (v. 25). Ao dizer que os fariseus eram “como túmulos pintados de branco, que por fora parecem bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos e podridão” (v. 27), Jesus poderia ter usado o dito popular “Por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento” ou o seu correspondente “Por fora, muita farofa; por dentro, não tem miolo”.
Certamente, Paulo, nem mesmo antes da sua conversão, tinha essas características próprias dos fariseus. Porém viajava de cidade em cidade para desconverter os cristãos. Ele mesmo conta ao rei Agripa: “Durante muito tempo eu os castiguei em todas as sinagogas e os forcei a negar a sua fé. Tinha tanto ódio deles, que até fui a outras cidades para persegui-los” (At 26.11).
Não é fácil mudar de vida. Não é fácil deixar de lado estilos de vida herdados, ensinados, aprendidos, experimentados, adotados, vivenciados e arraigados por muitos anos. Também não é fácil livrar-se de certas dependências, como a dependência do álcool, da maconha, da cocaína, da pornografia. Não é nada fácil mudar de comportamento, do ódio para o amor, do egoísmo para o altruísmo, da soberba para a humanidade, do pão-durismo para a mão aberta. Não é nada fácil mudar de posição religiosa, do ceticismo para a fé, da indiferença para o fervor, da ignorância para as convicções, da irreverência para o temor do Senhor.
Todavia, além do exemplo de Paulo, a história bíblica e a história moderna estão cheias de mudanças reais e definitivas. No último instante de vida, um dos ladrões crucificados ao lado de Jesus deixou de escarnecer do Senhor (Mt 27.44) e passou para o lado dele (Lc 23.39-43). Paulo garante que muitos cristãos de Corinto, na Grécia, o elo entre Roma, a capital de império, e o Oriente, eram ex-adúlteros, ex-alcoolistas, ex-assaltantes, ex-fofoqueiros, ex-homossexuais ativos e passivos, ex-trapasseiros. Todos foram poderosamente alcançados pela graça especial de Deus, lavados, justificados e santificados em Cristo Jesus (1Co 6.9-11).
Ainda há esperança para homens e mulheres de qualquer lugar, de qualquer idade e de qualquer situação. Muitos ainda podem vir a declarar como Paulo: “Eu “era” fariseu... Eu “era” tão fanático, que persegui a Igreja”.
Fonte: http://www.ultimato.com.br/
Revista Ultimato - Edição 324 - maio/junho
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