segunda-feira, 26 de julho de 2010

"EU ERA FARISEU..."


O testemunho de conversão de Paulo ganha muito mais realce na Nova Tradução na Linguagem de Hoje: “Eu “era” fariseu... Eu “era” tão fanático, que persegui a Igreja” (Fp 3.5-6).

Lembrar a sua militância dentro do partido religioso e político dos fariseus foi um ato de extrema coragem de Paulo. Jesus denunciou essa seita judaica com grande veemência, principalmente num dos seus últimos discursos. No capítulo 23 de Mateus, ele os chama abertamente de hipócritas sete vezes. Os fariseus explicam a lei de Moisés, mas “não fazem o que ensinam” (v. 3). Amarram fardos pesados nas costas dos outros, mas não os ajudam “nem ao menos com um dedo a carregar esses fardos” (v. 4). Copiam e amarram na testa e nos braços trechos das Sagradas Escrituras só para serem notados pelos outros (v. 5). Adoram ser tratados com respeito e chamados de mestres nos espaços públicos (v. 7). Trancam a porta do reino do céu, não entram “nem deixam que entrem os que estão querendo entrar” (v. 13). Exploram as viúvas, roubam-lhes os bens e, “para disfarçarem, fazem longas orações” (v. 14). Atravessam os mares e viajam por todas as terras fazendo proselitismo e, quando alguém se converte, “tornam essa pessoa duas vezes mais merecedora do inferno” do que eles mesmos (v. 15). Ensinam uma porção de coisas inexatas, dão o dízimo até da erva-doce, “mas não obedecem aos mandamentos mais importantes da lei” (v. 23) e têm o vício de coar mosquitos e engolir um camelo (v. 24). O pior de tudo é que os fariseus fazem questão de lavar o copo e o prato só por fora, deixando dentro deles as coisas que “conseguiram pela violência e pela ganância” (v. 25). Ao dizer que os fariseus eram “como túmulos pintados de branco, que por fora parecem bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos e podridão” (v. 27), Jesus poderia ter usado o dito popular “Por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento” ou o seu correspondente “Por fora, muita farofa; por dentro, não tem miolo”.

Certamente, Paulo, nem mesmo antes da sua conversão, tinha essas características próprias dos fariseus. Porém viajava de cidade em cidade para desconverter os cristãos. Ele mesmo conta ao rei Agripa: “Durante muito tempo eu os castiguei em todas as sinagogas e os forcei a negar a sua fé. Tinha tanto ódio deles, que até fui a outras cidades para persegui-los” (At 26.11).

Não é fácil mudar de vida. Não é fácil deixar de lado estilos de vida herdados, ensinados, aprendidos, experimentados, adotados, vivenciados e arraigados por muitos anos. Também não é fácil livrar-se de certas dependências, como a dependência do álcool, da maconha, da cocaína, da pornografia. Não é nada fácil mudar de comportamento, do ódio para o amor, do egoísmo para o altruísmo, da soberba para a humanidade, do pão-durismo para a mão aberta. Não é nada fácil mudar de posição religiosa, do ceticismo para a fé, da indiferença para o fervor, da ignorância para as convicções, da irreverência para o temor do Senhor.

Todavia, além do exemplo de Paulo, a história bíblica e a história moderna estão cheias de mudanças reais e definitivas. No último instante de vida, um dos ladrões crucificados ao lado de Jesus deixou de escarnecer do Senhor (Mt 27.44) e passou para o lado dele (Lc 23.39-43). Paulo garante que muitos cristãos de Corinto, na Grécia, o elo entre Roma, a capital de império, e o Oriente, eram ex-adúlteros, ex-alcoolistas, ex-assaltantes, ex-fofoqueiros, ex-homossexuais ativos e passivos, ex-trapasseiros. Todos foram poderosamente alcançados pela graça especial de Deus, lavados, justificados e santificados em Cristo Jesus (1Co 6.9-11).

Ainda há esperança para homens e mulheres de qualquer lugar, de qualquer idade e de qualquer situação. Muitos ainda podem vir a declarar como Paulo: “Eu “era” fariseu... Eu “era” tão fanático, que persegui a Igreja”.
Revista Ultimato - Edição 324 - maio/junho

quarta-feira, 21 de julho de 2010

CONFORMISMO OU TRANSFORMAÇÃO ?


Jonh Maxwell, famoso escritor na área de liderança, resumiu o significado de liderança como influência. Se lembrarmos que um dos significados da palavra influência é ‘poder’, podemos então concluir que liderança é poder. E poder é o que precisamos para transformar famílias, igrejas e a sociedade em geral.

Creio que muitos líderes ignoram o poder da influência, e por isso sua liderança não é tão transformadora quanto poderia ser. Ou, então, sua influência não é positiva, como a que se espera de um crente em Jesus Cristo. Como líderes, precisamos ter consciência de nosso poder de influência e fazer uso dele para promover as transformações que deixam cada vez mais claro ao mundo a chegada do Reino de Deus através da ação da Igreja de Cristo. Se não tivermos uma influência positiva, é certo que assumiremos uma influência negativa, pois o “mundo jaz no maligno” (1Jo 5.19).

Não influenciar com uma liderança espiritual é influenciar por algum outro tipo de liderança. E aqui entra o perigo do comodismo, de ir ‘a favor’ e não ‘contra’ a maré. Comodismo é sinônimo de má influência, de falta de percepção do poder de liderança. Líderes que não fazem diferença estão entregando ao inimigo de nossas almas todo potencial que poderia ser empregado no exercício de uma influência cristã. Talvez seja nesse sentido que o apostolo Paulo declarou: “E não vos amoldeis ao esquema deste mundo, mas sede transformados pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Rm 12.2). Conformismo tem a ver com assumir a forma já estabelecida. Líderes que se conformam à realidade acabam fortalecendo tal realidade, pois, querendo ou não, exercem poder de influência. Um líder que vê comportamentos estranhos em seus liderados e não fala nada está reforçando tal comportamento e usando sua influência para cristalizar erros. Por outro lado, um líder que promove a transformação do seu ambiente está fazendo uso de sua influência para manifestar os valores do Reino de Deus e as grandes possibilidades que o evangelho de Jesus oferece a todos aqueles que nele creem.

Para o líder, não há muros para subir ou zonas de conforto para se abrigar. Seu poder de influência não lhe permite a neutralidade. Conformismo gerará reforço de tradições sem sentido, pecados escondidos, falta de criatividade e, por fim, criará verdadeiros impérios que impedem a manifestação plena do Espírito Santo de Deus, que nos traz a novidade do Senhor a cada dia. O líder cristão entende que tem diante de si um compromisso com a transformação, afinal lhe foi dado poder de influência. Com isso, ele pode promover uma grande movimentação em prol do Reino de Deus.

Para o líder exercer boa influência e promover transformações, ele precisa de compromisso com Deus e visão espiritual dos seus liderados, das estruturas em que estão inseridos e, principalmente, da vontade de Deus. Esse compromisso lhe dará abertura para lidar com diferentes situações, ampliará sempre o Reino de Deus e mostrará o que é ser sal e luz no mundo. Promover transformação e não incentivar a estagnação deve ser o nosso lema. Não podemos admitir líderes conformados com um mundo que jaz no maligno e que se apresenta como oponente ao Reino de Deus. É momento de usarmos nosso poder de influência e nos unirmos para promover grandes transformações começando por nossa vida pessoal, familiar e eclesiástica. Como você tem usado sua influência? Você está consciente do poder que tem em suas mãos?

Certa vez perguntaram a Martin Luther King por que ele insistia em promover manifestações a favor da igualdade entre brancos e negros nos Estados Unidos. Sua resposta foi simples: “Calado ou falando estou influenciando uma geração. Quero ser conhecido então por uma boa influência...” Que tenhamos a mesma consciência e que, em vez de conformismo, nos unamos àqueles que com muito esforço têm promovido a transformação do mundo através do poder do evangelho.

Autor: GUILHERME DE AMORIM ÁVILLA GIMENEZ

terça-feira, 20 de julho de 2010

ARREPENDER OU PERECER



Estas foram as palavras do Filho encarnado de Deus. Elas nunca foram canceladas; e não serão, enquanto este mundo durar. O arrependimento é absoluto e necessário se é para o pecador fazer paz com Deus (Isaías 27:5), porque arrependimento é o lançar fora as armas da rebelião contra Ele. O arrependimento não salva, todavia nenhum pecador jamais foi ou será salvo sem ele. Nada senão Cristo salva, mas um coração impenitente não pode recebê-LO.

Um pecador não pode crê verdadeiramente até que ele se arrependa. Isto é claro a partir palavras de Cristo concernente o Seu precursor, "Pois João veio a vós no caminho da justiça, e não lhe deste crédito, mas os publicanos e as meretrizes lho deram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para crerdes nele" (Mateus 21:32). Isso é também evidente a partir de Sua chamada como trombeta em Marcos 1:15, "Arrependei-vos, e crede no evangelho". Isto é o porque o apóstolo Paulo testificava "o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus" (Atos 20:21). Não faça confusão neste ponto querido leitor, Deus "ordena agora que todos os homens em todo lugar se arrependam" (Atos 17:30).

Em requerer arrependimento de nós, Deus está pressionando Suas justas reivindicações sobre nós. Ele é infinitamente digno de supremo amor e honra, e de universal obediência. Isto nós temos impiamente Lhe negado. Tanto um reconhecimento como uma correção disto é requerido de nós. Nossa desafeição por Ele e nossa rebelião contra Ele devem ser reconhecidas e exterminadas. Dessa forma, o arrependimento é uma compreensão profunda de quão terrivelmente tenho falhado, durante toda minha vida, em dar a Deus Seu justo lugar em meu coração e em meu andar diário.

A justiça da demanda de Deus por meu arrependimento é evidente se considerarmos a natureza hedionda do pecado. Pecado é uma renúncia dAquele que me fez. É Lhe recusar Seu direito de me governar. É a determinação de agradar a mim mesmo; assim, é uma rebelião contra o Altíssimo. O pecado é uma ilegalidade espiritual, e uma indiferença absoluta à autoridade de Deus. Ele está dizendo em meu coração: Eu não me importo com o que Deus requeira, eu vou seguir o meu próprio caminho; eu não me importo com o que Deus reivindique de mim, eu serei o senhor de mim mesmo. Leitor, você não percebe que é assim que você tem vivido?

O arrependimento verdadeiro origina-se a partir de uma compreensão no coração, operado neste pelo Espírito Santo, da excessiva malignidade do pecado, do terror de ignorar as reivindicações dAquele que me fez, de desafiar Sua autoridade. Ele é conseqüentemente um santo ódio e horror do pecado, uma profunda tristeza por ele, e o reconhecimento dele diante de Deus, e um completo abandono dele de coração. Até que isto tinha sido feito, Deus não nos perdoará. "O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia" (Provérbios 28:13).

No verdadeiro arrependimento o coração se volta para Deus e reconhece: Meu coração tem sido posto sobre um mundo vão, que não pode satisfazer as necessidades de minha alma; eu Te abandonei, a fonte de águas vivas, e me voltei para cisternas rotas que nada retêm: eu agora reconheço e lamento minha tolice. Ele ainda diz mais: eu tenho sido uma criatura desleal e rebelde, mas eu não mais serei assim. Eu agora desejo e determino com todo meu poder servir e obedecer a Ti como meu único Senhor. Eu me entrego a Ti como minha presente e eterna Porção.

Leitor, seja você um Cristão professante ou não, é arrepender ou perecer. Para cada um de nós, membro de igreja ou não, é voltar ou queimar; voltar da direção da obstinação e auto-satisfação; voltar para Deus com um coração quebrantado, procurar Sua misericórdia em Cristo; voltar com total propósito de coração de Lhe agradar e servir: ou ser atormentado dia e noite, para sempre e sempre, no Lago de Fogo. Qual deve ser sua porção? Oh, ajoelhe-se agora mesmo e implore a Deus que te dê o espírito de verdadeiro arrependimento.

"Sim, Deus, com a sua destra, o elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão de pecados" (Atos 5:31). "Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, o qual não traz pesar; mas a tristeza do mundo opera a morte". (2 Coríntios 7:10).

Por A.W. Pink
Tradução: Felipe Sabino
Website: http://www.monergismo.com/

Fonte: http://voltemosaoevangelho.blogspot.com

MINISTÉRIO AME - SÓ A GRAÇA (2010)



01. Só a Graça
02. Tomo Posse
03. Leva-me
04. Sonhos de Deus
05. Posso Crer
06. Familia
07. Perto de Ti
08. Mulher Samaritana
09. Grande
10. Eu Me Prosto
11. Se Eu Te Obedecer
12. Vem Me Socorrer - Bônus
13. Me Amas - Bônus

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domingo, 18 de julho de 2010

ESPERANÇA DE AVIVAMENTO - C. H. Spurgeon


Então, cantou Israel este cântico: Brota, ó poço! Entoai-lhe cânticos! Números 21.17

Este poço no deserto se tornou famoso porque foi o assunto de uma promessa. "Este é o poço do qual disse o SENHOR a Moisés: Ajunta o povo, e lhe darei água" (Números 21.16). O povo necessitava de água, que lhe foi prometida pelo seu Deus gracioso. Nós precisamos de novos suprimentos da graça celestial. O Senhor se comprometeu em dar-nos tudo que Lhe pedimos.

O poço se tornou o motivo de uma canção. Antes de a água jorrar, a fé satisfeita levou o povo a cantar. Quando eles viram a água cristalina borbulhando, a música ecoou com mais regozijo. Nós, que cremos nas promessas de Deus, devemos nos alegrar na esperança de avivamentos divinos em nossa alma. Quando os experimentarmos, nosso regozijo santo fluirá. Estamos sedentos? Não murmuremos, e sim cantemos. Sede espiritual é difícil de ser suportada, mas a promessa nos indica um poço. Encorajemo-nos em olhar para esse poço.

O poço foi o assunto central da oração — "Brota, ó poço!" Temos de buscar aquilo que Deus prometeu dar-nos, pois, do contrário, mostraremos que não possuímos nem desejo nem fé. Nesta noite, supliquemos que as palavras lidas neste versículo e em nossas leituras devocionais não se tornem uma formalidade vazia. Em vez disso, elas devem se tornar um canal de graça para a nossa alma.

O poço foi um motivo do esforço — "Poço que os príncipes cavaram" (Números 21.18). O Senhor deseja que sejamos ativos em obter graça. A oração nunca deve ser negligenciada; a comunhão com os outros crentes não pode ser desprezada; a adoração não pode ser colocada em uma posição irrelevante. O Senhor nos dará generosamente sua graça; mas Ele não o fará como uma recompensa por nossa indolência. Busquemos o Senhor, em quem estão todas as nossas fontes de regozijo.



terça-feira, 13 de julho de 2010

JÔNATAS FERREIRA - Sublime Esperança (2010)



01.. Se Eu Não Louvar
02.. A Tua Graça Me Basta
03.. Salmo 51
04.. A Cruz de Cristo
05.. Ele Recebe Pecadores
06.. Eu Quero a Glória
07.. Sublime Esperança
08.. Em Sua Presença
09.. Prelúdio (Narração Pr. Oliveiros Ferreira)
10.. A Última Lágrima
11.. Quando Deus Se Levantar

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sábado, 10 de julho de 2010

CRENTES PERIFÉRICOS


Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos, nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto para o que há de vir. (Martinho Lutero).

Inicio esta reflexão com uma pergunta: você saberia dizer quais os motivos que justificam o seu ingresso ou permanência em uma igreja "evangélica"?

A igreja deveria estar a serviço do Reino de Deus, mas hoje em dia, com raras exeções, tem servido a outros "senhores", a interesses completamente opostos ao Evangelho. A igreja deveria servir ao próximo, servir para promover vida, porém, é inegável que muitos têm feito da "casa de oração" um "covil de ladrões". Então, quais os motivos pelos quais você continua na igreja?

Em face desse estado de coisas, muitos acham que é possível ser crente em casa, no conforto do lar, sem envolvimento com o Corpo de Cristo. Afirmam que o importante é a sua relação com Deus e não com a igreja.

Dizem que a igreja é uma instituição falida, hipócrita e que preferem não ter compromisso com apenas uma denominação e todos os seus defeitos, mas freqüentar várias igrejas para tirar o que cada uma tem de melhor. Afirmam ainda que são “de Cristo” e isto basta.

Na década 90, houve uma proliferação de congressos e cruzeiros de "pregadores famosos". Cada entidade ou denominação realizava seu evento em hotéis de luxo, balneários e estâncias hidrominerais, fora as viagens em aviões fretados para Israel, batismo no rio Jordão e outras coisas mais. Pouco a pouco, os congressos acabaram ou perderam impacto. Quando passou essa febre, sobrou pouca gente. Eram os "crentes de congresso".

Somos uma geração que detesta compromisso. É muito mais fácil entrar no estádio, ficar na arquibancada falando mal do técnico e depois ir embora para casa, do que estar efetivamente envolvido no processo. É mais fácil falar mal da igreja, apontar erros, mesmo que existentes, e praticar o denuncismo vazio, do que se envolver na obra.

A igreja é uma instituição divina e como tal, não pode estar falida. É como o casamento: embora a sociedade o ridicularize e diga que é uma instituição falida, somos obrigados, como pessoas de fé, a nos levantar e bradar que falidos estamos nós, por causa do nosso orgulho, egoísmo e hedonismo. O problema não é com o casamento, é com os casados.

A igreja não é uma mera instituição religiosa. Não é composta de convenções, sedes, organizações jurídicas ou redes de franquias. A igreja somos nós. Por isso, não adianta falar da igreja como se fosse uma entidade, uma terceira pessoa.

Esse conceito de que posso ser cristão à margem deste processo é falsa. Se sou realmente cristão, estou envolvido diretamente com a coisa toda. Jesus ensinou que quem não quer compromisso na terra, não pode ter compromisso no céu.

Você não precisa ser membro de uma igreja para ser salvo: para isto basta crer no Senhor Jesus. Porém, a regra é clara: se você já é salvo pelo sangue do Cordeiro, precisa estar em comunhão com uma igreja local. Caso contrário, sua comunhão com Deus estará interrompida. Ser ligado na terra é estar em comunhão com o corpo de Cristo. Foi o que ele disse quando afirmou “o que ligardes na terra será ligado no céu e o que desligardes na terra será desligado no céu”. (Mateus 18.18).

Muita gente diz que para se relacionar bem com Deus não é preciso fazer parte de uma igreja, que isso é secundário, que o que importa é a sua devoção pessoal. Não! Segundo este versículo, esta é uma situação impossível.

Quem está em comunhão com Deus necessariamente precisa estar em comunhão com seus irmãos. E a prática comprova a teoria. Quem diz esse tipo de coisa, invariavelmente não está nada bem com Deus. Usa isso como desculpa para justificar sua falta de compromisso.

O que o apóstolo João disse sobre o amor é válido também para a comunhão: se você não ama a seu irmão a quem você vê, como pode amar a Deus a quem você não vê? (I João 4:20).

Apesar da integridade e moral duvidosa de muitas "lideranças", a despeito da zombaria e escárnio que se tem feito usando o nome de Deus, mesmo com todos os erros, mesmo com a perda da identidade de muitas igrejas, Jesus não desistiu delas!

É só prestar atenção ao seu redor. Ainda há conversões genuínas, ainda existe cura para o doente, ainda existe um povo que não retrocede na sua esperança, que sabe que é de Deus, e por ser de Deus não desiste nunca. Aliás, nós não desistimos, porque Ele não desistiu, e prometeu que onde estiverem dois ou três reunidos em Seu Nome, Ele ali estará.

É muito cômoda a posição de “usuário”. Você vai à igreja “a” por causa do louvor, à igreja “b” por causa dos estudos bíblicos, à igreja “c” porque a reunião de oração é muito boa. Só que você se esquece de que a igreja “a” só tem um louvor bom e inspirador porque um grupo de irmãos comprometidos está ensaiando o domingo inteiro enquanto você assiste TV ou está em alguma atividade de lazer.

A igreja “b” tem bons estudos bíblicos porque pastores e mestres gastam horas em cima de um texto, pesquisando ou lendo comentários enquanto você se esparrama no sofá para assistir o seu programa favorito.

Se todo mundo pensar que pode viver uma vida espiritual pulando de galho em galho, ao bel prazer de suas preferências pessoais, não sobrará ninguém para realizar a obra.

Esses são os parasitas que vivem na periferia da fé: são como ciganos ou hippies, que criticam o sistema para não assumir responsabilidades, mas usufruem de todos os benefícios que esse mesmo sistema lhes oferece. Não que o sistema seja perfeito e não tenha suas injustiças. É que eles mesmos não estão dispostos a mover uma palha para ajudar a melhorar as coisas.

Virou moda, agora, criticar a igreja e depois sair para comunidades liberais, descomprometidas com uma caminhada de responsabilidades recíprocas. Em geral, essa atitude é gerada por pessoas que cometem seus deslizes e depois recusam a submeter-se ao devido tratamento.

Assumem a postura hipócrita de “se alguém nunca errou que atire a primeira pedra”, como se isso justificasse seus próprios erros. Erram quando tentam defender uma graça que aceita tudo, perdoa tudo, restaura tudo. Esta não é a graça da Bíblia.

O amor de Deus é incondicional, mas o seu perdão não. Para ser perdoado, o pecador precisa aceitar os termos que Deus estabelece. Não há perdão de pecado sem confissão e arrependimento.

E o que é mais grave: tem muita gente querendo que a igreja alise seus pecados, engula seus podres e passe por cima deles, sem passar pelo processo necessário para sua restauração.

É hora de rever em que tipo de Evangelho cremos e se estamos nele vivendo, já que disso depende a mensagem que pregamos, o que, por sua vez, vai determinar o tipo de “crentes” que vamos ter em nossas igrejas.

Saia da letargia espiritual, da periferia da fé, do comodismo fútil e da religiosidade vazia. Deixe de ser morno em relação às coisas espirituais! Mergulhe no oceano do Espírito, permitindo que o poder de Deus flua através de todo o seu ser, produzindo frutos que saltem para a vida eterna!




Autor: Pr. Araripe Gurgel


Igreja Cristã da Trindade






CANTANDO A BÍBLIA - Alessandra Samadello (Vol. 2)



01. Sodoma e Gomorra

02. Um Prato de Lentilha

03. A Escada do Céu

04. O Sonho de José

05. José no Egito

06. Moisés e Cestinho

07. A Escuridão

08. Libertos do Egito

09. O Manà de Deus

10. Os Dez Mandamentos


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Download Completo(PB)

Fonte: http://semeandoavida.blogspot.com

CANTANDO A BÍBLIA - Alessandra Samadello



01. O Dia Que Deus Criou O Mundo
02. Brincando de Massinha
03. O Boneco Adão
04. O Descanso de Deus
05. O Dia Do Senhor
06. O Encontro Com A Serpente
07. A Primeira Promessa
08. A Primeira Criança
09. O Diluvio
10. Como Surgiram os Idiomas
11. A Torre de Babel
12. A Promessa a Abraão
13. A Obediencia de Isaque

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Fonte: http://semeandoavida.blogspot.com

COISA DE HOMEM

FONTE: http://voltemosaoevangelho.blogspot.com

quarta-feira, 7 de julho de 2010

GLÓRIA - FERNANDA BRUM (2010)



01. A Tua Glória Faz
02. Canta Minh'alma
03. Vem Sobre Mim
04. Eu Quero ir Além
05. Enquanto eu Chorava
06. A Glória do Pai
07. Máscaras
08. Pavão Pavãozinho
09. A Visão da Glória
10. Meu Melhor Amigo
11. No Sangue e no Fogo
12. Ninguem Vai Me Segurar
13. Serpentes no Deserto
14. Um Dia Desses
15. A Glória do Pai (Bonus)

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segunda-feira, 5 de julho de 2010

CRISTO É MAIS !


Há quem pense que o problema de muitos evangélicos hoje seja o seu fanatismo religioso, sua devoção extravagante, sua religiosidade exacerbada. Penso que há aqui um engano, uma interpretação superficial da questão. Até porque tal devoção pode ser amor próprio disfarçado (Cl 2.23), tal religiosidade pode ser um culto ao próprio ventre (Fp 3.19), e tal fanatismo pode ser mera idolatria (Is 1.13-17).

O verdadeiro problema é justamente o oposto disso. É o seu menosprezo para com a pessoa de Cristo. É a maneira reducionista de muitos evangélicos perceberem a Cristo. É a construção de uma espiritualidade neo-pagã em que a pessoa de Cristo é secundária (onde deveria ser central), instrumentalizada em um discurso cujo centro é o consumo de bens espirituais (Mt 6.24, 31-32). O problema de muitos evangélicos é não perceber o tamanho do evangelho de Cristo e quem de fato Cristo é.

Há no discurso evangélico uma presença muito clara do nome de Jesus, mas uma presença que beira à magia, já que se trata de um uso instrumental e ritualístico do nome de Jesus, e que beira à idolatria (pasmem! uma idolatria de Jesus!), pois o nome de Jesus é apresentado desvestido e desencarnado da pessoa de Jesus Cristo, de seu ensino e de seu significado teológico como redentor da humanidade (Mt 7.21).

Quando a Bíblia nos ensina a orar “em nome de Jesus Cristo” (1Co 5.4; Ef 5.20), isso não é uma fórmula mágica que carrega em si poder para realizar milagres. A expressão significa que os cristãos são representantes de Cristo na terra, e por isso devem falar em nome de Cristo, fazendo a oração que ele próprio faria.

Jesus ficou reduzido a isso em boa parte do discurso evangélico: uma palavra mágica, um ícone, um significante cujo significado se tornou propositadamente difuso. Com isso, foi-se esquecendo do verdadeiro Jesus Cristo, o mestre a quem se deve seguir (Mt 11.28-29; Cl 2.8), dos seus ensinos de amor por palavras e atos, da sua pregação sobre o desprendimento e a humildade (Mt 6.25-34; Lc 22.26; Jo 13.1-17), de seu esvaziamento no serviço (Fp 2.5-8).

De fato, há muita extravagância religiosa entre os evangélicos, que vai das coreografias sem profundidade às expressões faciais agônicas; dos discursos inflamados sobre cura e poder à rigidez moralista das propostas de conduta cerceadoras da liberdade em nome de um pudor muito distante daquilo que a Bíblia indica (Mq 6.8; Cl 2.20-23); do dogmatismo que faz de Cristo um mero item doutrinário ao sectarismo individualista que nos faz esquecer as dimensões sócio-políticas da redenção no aqui e agora.

Cristo é mais! O que Cristo pode fazer pelos seres humanos é muito mais do que está sendo muitas vezes apresentado pelos evangélicos e aos evangélicos. Não se limita aos benefícios materiais e curas, mas a uma vida tão plena de sentido e de senso de vocação que os bens materiais e a saúde deixam de ser primordiais.

Cristo é mais! Foi-se esquecendo das dimensões mais profundas da redenção que há em Cristo. Essa redenção ficou reduzida à garantia de uma vida feliz após a morte, à esperança materialista de um céu de recompensas luxuosas (devido a interpretações literalistas dos símbolos bíblicos: Ap 2.10; 21.11), esperança que não indica nenhum desapego, mas antes ressentimento e inveja em relação aos ricos e poderosos. A redenção em Cristo já não é percebida como o resgate de uma vida diferenciada, uma vez que dotada de sentido e valor aqui e agora, na missão, no serviço, no convívio amoroso e no desfrutar da criação divina.

Cristo é mais! O individualismo da modernidade nos fez crer que o dom de Cristo se limita ao que pode fazer por cada pessoa enquanto indivíduo, deixando de lado as dimensões sociais do evangelho, e tudo que ele significa para a nação (Sl 33.12): um futuro melhor para nossos filhos, uma cultura calcada na integridade e na justiça, no amor e na sabedoria, a construção de uma sociedade que vive de acordo com os valores do reino de Deus (Mt 28.20). Em vez disso, vemos que as preocupações éticas e a preparação para a cidadania estão descartadas da pregação e fora do ensino religioso nas igrejas (Is 1.10-17).

Tampouco pode ser Cristo reduzido a mero elemento do sistema doutrinário, como se minha fé incluísse, entre outras, doutrinas acerca da pessoa de Cristo e acerca de sua obra de salvação. Cristo é mais! Ele é o centro de nossa fé. É nele que cremos, em sua vida conosco, na sua presença (Mt 28.20; Jo 14.16-18) e no seu pastoreio (Sl 23.1; Jo 10.11). Ninguém deve se considerar salvo em Cristo porque subscreve à doutrina da salvação pela graça mediante a fé. Mera aceitação de doutrinas é obra meritória de cunho intelectual e ritualista (Rm 3.20, 28). Somos salvos pela graça divina mediante a fé (Ef 2.8-10) na possibilidade de estarmos unidos a Cristo em sua morte e em sua ressurreição (Cl 2.12; 2Tm 2.11) -- uma realidade a ser vivenciada aqui e agora!

Cristo é mais! A redenção em Cristo não se limita ao perdão da culpa dos pecados, à nossa justificação pela união com Cristo em sua morte na cruz, mas se estende à esperança da glória (Ef 1.18; Cl 1.27), à santificação pela presença de Cristo em nós (Rm 6.22; Hb 12.14), que nos torna seus discípulos e imitadores (1Co 11.1; 1Ts 1.6). A fé protestante está centrada na vida do Cristo ressurreto (1Co 15.14, 19; Rm 6.5). Não somos convidados a viver, em Cristo, como penitentes! Antes, a uma vida abundante (Jo 10.10)! Nossa união com Cristo nos leva a viver a sua vida, nos eleva para perto de sua própria estatura espiritual (Ef 4.13), promete nos tornar co-participantes da natureza divina (2Pe 1.4), e nos convida a viver desde já possuídos pela glória de Deus (2Co 3.18) e entusiasmados pelo Espírito Santo (Ef 5.18).

Cristo é mais! Na verdade, é muito mais do que pensamos ou podemos imaginar. Temos que esperar sermos por ele surpreendidos (Ef 3.20), como um leão que não pode ser adestrado, que é bom, mas que não é domesticado (como sugere C. S. Lewis acerca de Aslam), como um tigre que subitamente coloca suas patas dianteiras sobre nosso peito exigindo-nos a nossa atenção para seu poder e sua beleza (como sugere Thomas Howard em “Christ the Tiger”). Por mais que tentemos enlatar a Cristo, condicioná-lo, fazê-lo nos servir, qual gênio da lâmpada, ele nos escapará do controle e nos surpreenderá, porque Cristo é muito mais!

Lamento pelas multidões de cristãos que se esqueceram, que se iludiram, que se deixaram levar por pregações acerca de Cristo e em nome de Cristo que o reduziram a algo ridiculamente menor do que ele de fato é, a um simulacro, um instrumento religioso a serviço de igrejas que são também simulacros de igreja cristã, e que, por esta genuína apostasia (Lc 18.8; 2Ts 2.3), deixam de ser igreja de Cristo para serem igrejas do anticristo, pois o anticristo nada mais é que o simulacro de Cristo (Mt 24.24), uma abominável desolação!

Lamento principalmente pela perda do verdadeiro Jesus Cristo, que pode dar sentido à vida, que pode curar a nação, que pode resgatar a humanidade em direção da sua própria glória, a glória da vida do amor de Deus. Estamos trocando a Cristo por simulacros, pois, ao reduzi-lo a fórmulas mágicas, eclesiásticas ou teológicas, ele se torna menos do que ele é: a presença viva, aqui e agora, da pessoa que me convida a segui-lo, a encarnar o seu próprio Espírito, e abraçar o projeto supremo de viver, nele, a vida eterna e abundante de Deus.


Autor: Pr. Ricardo Quadros Gouvêa Igreja Presbiteriana do Bairro do Limão-SP

Fonte: Revista Ultimato - Edição 324 - Maio/Junho 2010.