quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Um Espírito de Poder

Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio. Portanto, não se envergonhe de testemunhar do Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro dele, mas suporte comigo os meus sofrimentos pelo evangelho, segundo o poder de Deus… (2 Timóteo 1.7-8)

Paulo lembra a Timóteo que “Deus não nos deu espírito de covardia”, ou espírito de timidez, “mas [um espírito] de poder”, de amor e de equilíbrio”, isto é, um espírito de sobriedade, autocontrole e autodisciplina. É comum inferir disso que Timóteo fosse uma pessoa tímida. O texto permite essa possibilidade, mas não sugere-a diretamente. Antes, a inferência é feita a partir do texto devido à suposição particular de que quando Paulo diz algo, isso significa que precisamente o oposto está sendo crido ou praticado entre os seus leitores.
Isto é, se Paulo admoesta os cristãos a viverem em paz uns com os outros, então isso deve significar que há discórdia entre eles. Repetindo, isso é possível, mas a menos que o texto declare que seus leitores têm esse problema, o intérprete não tem o direito de inferir que esse deve ser o contexto histórico por detrás da passagem. Como em outros casos, nenhum contexto histórico é requerido para entender apropriadamente a admoestação, e que os crentes deveriam viver em paz é um ensino geral que é sempre aplicável.
É um insulto ao apóstolo assumir que quando ele encoraja alguém, é somente porque o oposto está acontecendo. Se você encorajar alguém somente quando ele obviamente precisa disso, então você não é um cristão muito bom, ou mesmo um bom amigo. Você diz a alguém para ter coragem somente quando ele está temeroso? Onde você estava antes dele ficar com medo?
E mais, Paulo não contrasta apenas timidez com poder, mas diz que Deus nos deu um espírito de poder, de amor e de autocontrole. Assumir que o contexto histórico é sempre o oposto do que Paulo diz requer de nós crermos que Timóteo não era apenas uma pessoa tímida, mas que ele também era cheio de ódio e fora de controle. Não há nenhuma evidência que ele fosse tal pessoa, e parece que os comentaristas não ousam ir tão longe. A suposição ridícula é arbitrariamente aplicada, e abandonada quando a implicação se torna muito forçada pelo padrão do intérprete. A falta de validade lógica em fazer inferências e a falta de consistência em sua aplicação torna a suposição inútil como um princípio de interpretação bíblica.
É possível que Timóteo fosse muito tímido, mas não sabemos isso. O texto não nos diz. O que sabemos é que Paulo tinha sido aprisionado, que havia inimigos que se opunham ao evangelho, e que mesmo alguns que serviram a causa com o apóstolo tinham agora o abandonado. Sabemos tudo isso porque esta carta nos diz tudo isso. É mais apropriado associar isso com o encorajamento de Paulo para Timóteo permanecer firme. Face a esse ambiente cruel e tendências desfavoráveis, Paulo adverte Timóteo para não sucumbir à pressão. Quer Timóteo esteja em perigo de sucumbir à pressão ou não é inteiramente incerto, e isso é inteiramente sem importância para um entendimento correto da carta.
Paulo contrasta timidez com poder, amor e autocontrole, ou a capacidade de dominar ou possuir seus próprios pensamentos e emoções. O contraste sugere os tons de significados dados a essas palavras. Dessa forma, o “poder” não se refere ao poder de realizar milagres, mas à coragem espiritual e moral.
Podemos até ser mais específicos que isso. O versículo 8 diz: “Portanto, não se envergonhe de testemunhar do Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro dele”. Isso nos diz o que Paulo tinha em mente quando fala sobre timidez e poder. Ser tímido é ficar embaraçado em testificar sobre o Senhor Jesus, dizer às pessoas o que você sabe sobre ele, e o que elas precisam crer sobre ele. É ser muito receoso de dizer às pessoas quem ele é, o que veio fazer, e que embora tenha morrido, ele ressuscitou dentre os mortos, e que está agora vivo e detém todo poder, e julgará todos os homens.
Então, embora saibamos que somente Cristo mereça nosso culto e adoração, e que todos os seus ministros são apenas meros homens, Deus arranjou relações humanas entre o seu povo para que eles possam servir sua causa com sua força e talentos combinados, e um senso de solidariedade como companheiros que são servos de Cristo. Ser um covarde é ficar embaraçado demais para apoiar e se identificar com o povo de Deus, especialmente aqueles que são perseguidos por proclamar o evangelho de Jesus Cristo. É temer reconhecer nossa associação com os mestres da fé.
Os cristãos não têm nenhuma razão para ficar embaraçados. Não temos feito nada de errado em crer e pregar a Jesus Cristo. Nossa fé não nos torna inferiores, ou menos inteligentes ou éticos. De fato, é um insulto ao Senhor ficar embaraçado. Nossa fé está nele, não em nós mesmos. E nossa mensagem é sobre ele, não sobre nós mesmos. Jesus deveria se envergonhar dele mesmo? Ele deveria ficar embaraçado sobre o que disse e o que fez quando esteve sobre a Terra? Ele deveria pedir desculpar por sua posição e ministério atual? O que ele tem feito de errado?
Não, a fé cristã é o único sistema de crença verdadeiro e racional. Mesmo o zênite da inteligência e habilidade humana não podem se comparar a ela, visto que como a Escritura diz, até a loucura de Deus é mais sábia que a sabedoria humana, e a fraqueza de Deus é mais forte que a força do homem (1 Coríntios 1.25). Para o cristão, essa sabedoria da parte de Deus não é ilusória, mas nos foi dada mediante o evangelho (1 Coríntios 1.18-24), de forma que inclusive temos “a mente de Cristo” (1 Coríntios 2.16). Dessa forma, os não cristãos estão na posição inferior. Eles são os tolos e ímpios. Eles são aqueles que deveriam ficar embaraçados. E quando o Espírito de Deus usa nossa pregação para abrir os seus olhos, isso é o que acontece – eles se envergonham de si mesmos. O Espírito traz convicção aos seus corações, de forma que eles podem finalmente ver a si mesmos pelo que são.
Certo comentarista diz que o Espírito não transforma uma pessoa tímida numa personalidade poderosa, mas que ele nos dá o suficiente para cada situação. Besteira! O mesmo comentarista não diz que Deus nos dá apenas o amor suficiente para cada situação, que ele fará de cada crente nada mais que uma pessoa muito pouco amável. Paulo diz que Deus nos dá um espírito de poder! Ele deu a você um espírito diferente daquele com o qual você nasceu, e trocou sua timidez natural por coragem e força. Talvez a observação desse comentarista seja mais autobiográfica que expositiva.
O Senhor não é um Deus do suficiente, mas um Deus de abundância. Quando Jesus alimentou cinco mil pessoas com cinco pãezinhos, quantos cestos com pedaços de pães sobraram? E quando ele alimentou quatro mil pessoas com sete pãezinhos, quantos cestos com pedaços de pães sobraram? Ainda não entendeu?
 
Fonte: Reflections on Second Timothy
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto

Fonte: Monergismo - Ao SENHOR pertence a salvação !

Sobre o Autor

Vincent Cheung
Vincent Cheung é autor de trinta livros e centenas de palestras sobre uma gama de assuntos em teologia, filosofia, apologética e espiritualidade. Através dos seus livros e palestras, ele está treinando cristãos para entender, proclamar, defender e praticar a cosmivisão bíblica como um sistema de pensamento abrangente e coerente, revelado por Deus na Escritura. Vincent Cheung reside em Boston com sua esposa Denise.

domingo, 25 de novembro de 2012

Teologia da Prosperidade - Uma Corrida para a Ruína!

Por que como um câncer a “teologia da prosperidade” foi se alastrando numa metástase diabólica no seio da igreja protestante? O que vemos hoje (Se olharmos com olhos espirituais e bíblicos), é uma terra arrasada, escombros e ruínas (Como Jeremias viu Jerusalém ) daquilo que devia ter sua existência (igreja) com o único propósito de proclamar a glória de Deus. Não é difícil resistir algo inicialmente, mas a medida que o tempo passa, a cobiça domina, nossos olhos se tornam a única porta de “verdade” para a “igreja”. Esquecemos a Palavra. A igreja hoje é o retrato fiel dos seus líderes. Um retrato do coração e ambição mundana. “Mas eles foram a causa da sua ruína e da ruína de todo o Israel” (2Cr 28.23). Acaz voltou de Jeová para servir aos deuses de Damasco. Como hoje. E por quê? Porque a Síria estava gozando de prosperidade. Ao ver o que Acaz viu, a igreja começou a imitar o mundo, e igrejas ao olharem as outras foram imitando a imitação do mundo – Resultado? Metástase que parece irreversível. O que Acaz fez? “Ele ofereceu sacrifícios aos deuses de Damasco que o haviam derrotado, pois pensava: ‘Já que os deuses da Síria os têm ajudado, oferecerei sacrifícios a eles para que me ajudem também’. Mas eles foram a causa de sua ruína, e da ruína de todo o Israel”. Não há outro resultado possível. O pragmatismo não pode dirigir quem quer ser guiado por Deus – mas sim uma confiança absoluta em Sua Palavra. O que valia para Israel vale para a igreja no século XXI – A conseqüente introdução de falsos deuses e a profanação do culto a Deus ( e como esse culto tem sido profanado hoje no altar de Mamom ) tornou-se a ruína de Acaz e seu reino. Esta é a ruína da igreja, a mesma de Acaz e Israel. E ela acontece pelos mesmos motivos. Os ídolos modernos tomaram completamente o lugar da Palavra de Deus e sua glória. Os ídolos estão navamente estabelecidos e adorados alegremente em nossos dias. Nada mais trágico do que ver o próprio homem ( e igreja ) se arruinando: “...eles foram a causa da sua ruína e de todo o Israel” (2Cr 28.23). Acaz claramente é o tipo de muitos e muitas igrejas destruidoras de si. “A tua ruína, ó Israel, vem de ti” (Os 13.9) – Como seria bom se houvessem vários Oséias proclamando hoje, mas na verdade são tão poucos. Acaz quis ser seu próprio mestre – Esqueceu Deus, esqueceu Sua Palavra – Só conseguia ver a “prosperidade” da Síria. Ficou fascinada e paralisado como uma presa diante da serpente. Isso sempre arruína – arruinou o filho pródigo – arruinou Acaz – arruinou Israel, e arruinará milhões e milhões de outros. É a arrogância que faz pastor imitar pastor, igreja imitar igreja – todos indo em direção a ruína da “Teologia da Prosperidade”. A arrogância e a arbitrariedade ao pecar: “Andou nos caminhos dos reis de Israel” (2 Rs 16.3,4). Essa é uma corrida morro abaixo. Cada vez mais a velocidade aumenta e o abismo se aproxima – Esta é uma corrida para a ruína. Um dia a idéia mundana de “prosperidade” custará muito caro. Acaz esbanjou tesouro em sua cópia da adoração dos deuses da Síria invejando a sua prosperidade. Mas é bom que se diga aos iludidos, Acaz gastou muito e ganhou pouco. Isto vale para a igreja e para as pessoas individuais. Desperdício! O trágico é que nossa vida aqui não é um recurso inesgotável e logo nosso tempo se encerrará. Que legado trágico deixaremos as próximas gerações. Nossas existências só se justificam se forem para a glória de Deus – o mesmo vale para a igreja em geral. Desperdício e muitos outros caminhos errados são caros e ruins. Quando estamos obstinados, como os dias em que vivemos hoje na igreja, nós somos capazes da loucura de desafiar Deus. Acaz desafiou a punição: “Mesmo nessa época em que passou por tantas dificuldades, o rei Acaz tornou-se ainda mais infiel ao Senhor” ( 1Co 28.22) – Ele estava focado na “prosperidade” dos deuses da Síria. Esta rebeldia ao claro ensino de Deus e contra toda a correção sempre leva à ruína certa. Nossa geração se acha esperta em seu pragmatismo. Diz “Rico sou e de nada tenho falta” – nós sabemos a resposta que Deus deu a igreja que afirmou isso. Acaz era muito sagaz, e bajulava os grandes. Aos nossos olhos isso parece uma tática perfeita – está funcionando, eles são grandes, por que não nos ajuntarmos a eles? Acaz fez uma cópia do altar dos deuses da Síria e levou para sua casa. Quem é que perece mais rapidamente? Os espertos demais para serem simples e simplesmente seguirem o seu Deus. Vamos ser justos, Acaz era um homem de “bom gosto” – sabia admirar coisas que fascinam os nossos corações. Ele admirava as antigüidades e o estético na religião. Ah! O estético na religião nunca foi tão admirado como agora. Se um homem ( Líder ) começasse se enamorar da prosperidade e dos deuses da Síria que supostamente era sua origem – e que levou Acaz a se prostituir com ele – e a grande maioria do povo e dos líderes bradassem contra – Deus ainda estaria sendo honrado em nossos púlpitos e não Mamom. Mas existem loucuras que são coletivas – como isso é real hoje no meio da “igreja”. Veja que quem era para trazer Acaz a razão estava tão fascinado quanto ele: “O sacerdote Urias construiu um altar conforme as instruções que o rei Acaz tinha mandado” (2Rs 16.11). Entre todas as coisas destruidoras na igreja hoje, nós podemos afirmar sem medo de erra – Maus ministros são terríveis destruidores. Qual é o modelo para a igreja hoje? Quem são seus heróis? Paulo falou “sede meus imitadores como eu sou de Cristo” – Quem dera fosse esse o modelo atual. Acaz imitou pecadores prósperos. O rei da Assíria tornou-se seu tipo, seu paradigma... Isso é conduta ruinosa e destruidora. Ele abandonou todo o culto a Deus. Podemos estar dentro de edifícios adorando e já termos abandonado todo o verdadeiro culto a Deus. Acaz “trancou as portas da casa do Senhor” (2Cr 28.24). Este é o clímax de sua rebelião – não havia lugar para o verdadeiro Deus e os deuses da Assíra que davam “prosperidade”. É verdade, Cristo disse que você não pode servir a Deus e ao dinheiro, a Deus e a Mamom ao mesmo tempo. Isso não pode ser feito nem nos dias de Acaz, nem nos dias de Jesus – e não se engane, nem pela igreja dos nossos dias. No final de tudo – e o final das escolhas atuais não podem ser diferentes, os deuses falsos foram a ruína de Acaz. Uma ruína sugere muitas reflexões. Mas a corrida morro abaixo aos deuses da prosperidade é tão desenfreada que não há tempo para reflexões. O que foi? O que poderia ter sido? O que é? O que será? Um dia sentaremos entre as ruínas como Jeremias se sentou entre as ruínas de Jerusalém e choraremos e lamentaremos como ele. Meditações entre ruínas podem ser úteis, apesar de tardias, àqueles que se inclinam a repetir como nossa geração, a experiência de Acaz. Muitos serão arruinados: “Foram a ruína dele e de todo o Israel” – pelo ensino não estamos enchendo a igreja de verdadeiros israelitas, mas de sírios. Pelo exemplo e pelo ensino estamos fazendo pagãos e não filhos de Deus. A sedução da “prosperidade” é tão grande – que pela sedução a virtude está sendo arruinada. Muitas vezes líderes (como Acaz) pela sua próprio presença destroem tudo o que é bom nos seus liderados. Muitas vezes alguém está tão contaminado, que mesmo no momento que não tem a intenção espalham o contágio, como a Peste Negra se espalhou por toda Europa. O contágio do pecado, da ambição, do amor ao dinheiro... A conduta dos Acazes de Hoje, sua religião perversa e deturpada arruína jovens, influencia os inseguros, sua linguagem e ensino influenciam e atraem os maus. Lembremos a mensagem de Deus que se repete para nós hoje: “Mas eles foram a causa da sua ruína e da ruína de todo o Israel” (2Cr 28.23). Mas a igreja não poderá culpar só seus líderes, os Acazes de hoje – Deus diz “A tua ruína, ó Israel, vem de ti” (Os 13.9). 

FONTE: Josemar Bessa

Fernandinho - CD TEUS SONHOS (2012)

terça-feira, 20 de novembro de 2012

PARE E ORE ! DEVOCIONAL

VERSÍCULO:
Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor. Romanos 6:23
 
PENSAMENTO:
Se recebermos o que merecemos, não vamos gostar do nosso salário. Por outro lado, Deus, que é rico em misericórdia e graça, nos dá seu presente por causa do sacrificio de Jesus, e não o que merecemos. Não sei sobre você, mas eu quero servi-lo com mais paixão e fidelidade.
 
ORAÇÃO:
Glorioso e gracioso Pai, santo e perfeito de toda maneira, obrigado por fechar o grande abismo entre sua justica e minha imperfeição através da sua graça sacrificial. Obrigado pelo presente da vida eterna. Que minha vida mortal seja santa e agradável ao Senhor. No nome de Jesus eu oro. Amém.
 

FONTE: FAZENDO MISSÃO EM ORAÇÃO