sexta-feira, 12 de outubro de 2012

É errado ouvir música secular ? Não. Mas pode ser perigoso !

Música transmite conteúdo, por Bob Kauflin*

“Filipenses 4.8 fornece as normas de Deus para o conteúdo das músicas que ouvimos e nos fala sobre o que a música deve nos levar a pensar:

“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.”

Instantaneamente, esses padrões bíblicos colocam em questão boa parte da música que hoje é popular e disponível a nós. Quando nem mesmo considero ímpio o conteúdo das músicas que ouço, estou permitindo que a música me seduza.

Não é uma pratica incomum cristãos louvarem a Jesus por sua morte expiatória na cruz aos domingos de manhã, para depois, durante a semana, cantar músicas que exaltam os pecados pelos quais ele morreu. Cantamos “Não estou mais acorrentado, agora eu sou livre” e permanecemos escravos das letras que promovem a fornicação, a obscenidade, a fúria, os prazeres imorais, a sensualidade e o materialismo. “Da mesma boca procede benção e maldição. Não convém, meus irmãos, que se faça assim” (Tiago 3.10). Tiago está certo, não convém que façamos assim. Mas quando alguém demonstra uma preocupação sobre letras de música, geralmente respondemos com prontidão: “Nunca presto atenção à letra. Nem sei do que estão falando”.

Então eu pergunto, “Por que não?” Os cristãos, dentre todas as pessoas, deveriam perguntar o que as músicas querem dizer. Devemos fazer “tudo para a glória de Deus” (1 Coríntios 10.31). E se “nunca” prestamos atenção às palavras proferidas na música, estamos nos treinando a ignorar o seu conteúdo e simplesmente permitir que elas nos afetem. Isso torna mais difícil nos concentrarmos nas verdades que entoamos aos domingos. Teremos a tendência de ser mais influenciados pelo som, pela batida e pela pulsação do que pela palavra de Cristo que estamos proclamando.

Não me entenda errado. Ouvir uma música com uma letra sexualmente sugestiva não o fará correr para a internet e começar a baixar pornografia. Ouvir uma música obscena não significa que amanhã você vai apimentar suas conversas com palavrões. Mas, com o tempo, as letras de música podem enfraquecer nossas defesas, confundir nosso discernimento e redirecionar nosso amor para o mundo. Ouvir música nunca é algo neutro, pois nosso coração pecaminoso está envolvido.

Você não se desviará instantaneamente e provavelmente nem mesmo vai perceber as mudanças. Uma das minhas filhas casadas me disse que ouvir canções românticas “inofensivas” durante um período contribuiu parcialmente pra que perdesse seu entusiasmo espiritual. A descida de outra jovem à imoralidade teve início quando começou a ouvir músicas cujas letras exaltavam a rebeldia e idolatravam o amor baseado na atração sexual. Conheço rapazes que se exercitam enquanto ouvem músicas com letras cheias de ódio e obscenidade porque, segundo eles, isso os motiva a fazer um esforço maior. Um belo dia, percebem que estão cantando as letras que costumavam desprezar, palavras que os fariam constrangidos se as repetissem na presença de seus pais ou pastores.

Músicas com letras ímpias podem nos persuadir a amar coisas que normalmente não amaríamos – em particular, “a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida” (1 João 2.16). Vi isso acontecer na vida dos meus filhos, amigos e na minha própria vida. Pode acontecer na sua. É tolice de nossa parte nos submetermos repetidamente a músicas cujas letras podem tornar nossa consciência indiferente e fazer com que os gloriemos em desejos pecaminosos em vez de na cruz de Jesus Cristo (Gálatas 6.14).

As vezes, nos orgulhamos de ser capazes de lidar com tentações, com se nos expormos a elas fosse uma virtude... Se realmente nos preocuparmos com o efeito sedutor que as letras mundanas podem ter sobre nossa alma, não vamos permanecer à beira do pecado, vendo o quanto podemos tolerar até que sejamos influenciados. Não vamos nos tentar com músicas que contém obscenidade, sensualidade, rebeldia ou qualquer outro comportamento mundano. Vamos desejar permanecer o mais longe possível da beira da estrada.”

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*Bob Kauflin é Diretor de Worship Development da Sovereign Grace Ministries. Blog dele: worshipmatters.com

Fonte: Mundanismo. Editora Tempo de Colheita. p. 57-59.
Via: UMPCGYN
 

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