terça-feira, 24 de setembro de 2013
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
A Conversão de Saulo de Tarso
Nº 202
Sermão pregado na manhã de Domingo 27 de Junho de 1858,
Por Charles Haddon Spurgeon
No Music Hall, Royal Surrey Garden, Londres.
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“E, caindo nós todos por terra, ouvi uma voz que me falava, e em língua hebraica dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa te é recalcitrar contra os aguilhões.” Atos 26:14.
Quão maravilhosa é a condescendia que levou o Salvador a fixar os olhos em um ser desprezível como Saulo! Entronizado nos altos céus, em meio às melodias eternas dos remidos, e dos sonetos seráficos dos querubins e de todas as hostes angélicas, é estranho que o Salvador se inclinasse de Sua dignidade para falhar com um perseguidor. Ocupado como está, tanto de dia como de noite, em argumentar a causa de Sua própria igreja diante do trono de Seu Pai, unicamente a benignidade o levou, por assim dizer, a suspender Sua intercessão para falar pessoalmente com alguém que havia jurado ser Seu inimigo. E, que graça admirável moveu o coração do Salvador para buscar um homem como Saulo, que havia proferido ameaças contra Sua igreja!
Não havia ele homens e mulheres presos na prisão? Saulo não havia forçado os cristãos a blasfemarem o nome de Jesus em cada sinagoga? E agora o próprio Jesus intervém para que Saulo caia na razão! Ah, se tivesse sido uma faísca que vibrasse em sua pressa para alcançar o coração do homem, não nos surpreenderíamos. Oh se os lábios franzidos do Salvador tivessem pronunciado uma maldição, não nos assombraríamos. Por acaso Ele mesmo não havia amaldiçoado em vida o perseguidor? Não havia dito: “Qualquer que fizer tropeçar uns destes pequeninos que creem em mim, melhor seria que amarasse ao pescoço uma pedra de moinho, e que fosse lançado nas profundezas do mar”?
Mas agora o homem que foi amaldiçoado com essa linguagem, seria abençoado pelo mesmo que havia perseguido; e ainda que suas mãos estavam manchadas com sangue, e agora levava a permissão em suas mãos para encerrar os outros na prisão, e ainda que havia cuidado das roupas daqueles que apedrejaram Estevão, apesar de tudo isso, o Senhor, o Rei do céu, dignou-se de falar pessoalmente dos mais altos céus para levá-lo a sentir a necessidade de um Salvador, e para fazê-lo participante da fé preciosa.
Eu afirmo que está é uma maravilhosa condescendência e uma graça incomparável. Mas, amados, quando recordamos o caráter do Salvador, não deveríamos ficar surpresos que Ele fez isso, pois fez coisas maiores. Acaso Ele não abandonou os tronos estrelados do céu, e desceu a terra para sofrer, sangrar e morrer? Quando penso no casebre de Belém, no cruel jardim do Getsemani, e no mais vergonhoso Calvário, não me surpreende que o Salvador faça qualquer ato de graça ou condescendência. Havendo feito isto, o que poderia ser maior? Se Ele desceu do céu ao Hades, que maior condescendência poderia realizar? Se Seu próprio trono permaneceu vazio, se Ele despojou-se de Sua própria coroa, se Sua Deidade devia ser revelada pela carne, e os esplendores de Sua Deidade foram vestidos com os trapos da humanidade, o que nos surpreende, pergunto, que Ele tenha consentido em falar com Saulo de Tarso, para atrair seu coração a Ele?
Amados, alguns de nós não estamos surpresos tão pouco, pois ainda que não recebemos maior graça que o próprio Apóstolo, tão pouco temos recebido menor que graça que ele. O Salvador não falou conosco do céu com uma voz audível, mas falou com uma voz que nossa consciência escutou. Não estávamos sedentos de sangue, pode até ser, contra os Seus filhos, mas havíamos cometido pecados atrozes e sombrios.
Contudo, Ele nos deteve. Não se contentou em cortejar-nos, nem com ameaçar-nos, nem se contentou em enviar Seus ministros para que nos dessem Sua palavra de advertência sobre nossos deveres, mas Ele mesmo quis vir até nós. E vocês e eu, amados, que temos experimentado esta graça, podemos dizer que foi um amor incomparável o que salvou Paulo, mas não um amor único; pois Ele também nos salvou, e nos tem feito participantes da mesma graça.
Hoje tenho a intenção de dirigir-me especialmente aqueles que não têm temor do Senhor Jesus Cristo, mas que ao contrário, se opõem a Ele. Estou muito seguro que não há ninguém aqui que chegue ao ponto de desejar reviver a velha perseguição da igreja. Não creio que há algum inglês, independentemente de quanto possa odiar a religião, que deseje ver outra vez a fogueira de Smithfield, com sua pira consumindo os santos. Pode haver alguns que nos odeiam com igual intensidade, mas ainda assim, não daquela maneira; o sentido comum de nossa época se opõe a forca, a espada e o calabouço. Os filhos de Deus, pelo menos neste país, estão livres de qualquer perseguição política desse tipo; mas é altamente provável que haja algumas pessoas aqui presentes, que fazem todo o possível, e se esforçam ao máximo para provocar a ira do Senhor, opondo-se a Sua causa. Talvez vocês possam se reconhecer se eu descrever. Raras vezes veem a casa de Deus; de fato sentem desprezo por todas as reuniões dos justos; tem um conceito que todos os santos são uns hipócritas, que todos que professam a fé são falsos, e não se envergonham de falar isso. No entanto, tem uma esposa, e essa sua esposa sente-se impressionada pelas vozes do ministério; ela adora casa de Deus, e só Deus e seu coração sabem quanta dor e quanta agonia mental tem causado a ela. Quantas vezes têm zombado e feito piada com ela por causa de sua profissão de fé! Não podem negar que se tornou uma mulher melhor por sua fé; se veem obrigados a confessar que ainda que ela não possa acompanhá-los em todas as suas diversões e jogos, até onde é possível, é uma esposa amorosa e afetiva com eles. Se alguém pretendesse encontrar falhas, vocês defenderiam seu caráter com hombridade; mas odeiam sua religião e recentemente ameaçaram-na tranca-la em casa no dia de Domingo. Dizem que é impossível morarem juntos na mesma casa se ela visita a Casa de Deus. Eles também têm uma filha pequena; não se opuseram que a menina participasse da escola dominical, pois isso colocava ela fora de casa no dia de Domingo, para fumarem seu cachimbo; diziam que não queriam que seus filhos os molestassem, e portanto se alegravam de enviá-los para escola dominical; mas o coração dessa garotinha foi tocado, e não podem evitar comprovar que a religião de Cristo está em seu coração, e disso não gostam de modo algum. Amam a menina, mas dariam qualquer coisa para que essa menina não fosse o que é; fariam tudo para apagar qualquer faísca de religião nela.
Talvez posso descrevê-los com outro caso. Você é um patrão. Ocupa uma posição respeitável. Tem muitos homens sob seu cargo, e não pode suportar que algum deles faça uma profissão de religião. Outros patrões que você conhece têm dito a seus homens: “Faça como quiser, contanto que seja um bom servo, não me interessam suas convicções religiosas.” Mas, talvez, você seja o oposto; ainda que não mandasse embora alguém por causa de sua religião, de vez em quando faz de seu obreiro objeto de seu escárnio, e se descobre alguma pequena falha nele diz: “Ah! Isso é culpa da tua religião. Eu suponho que você aprendeu isso na Igreja”.E afliges a alma do pobre homem, enquanto ele se esforça o máximo possível para cumprir seus deveres para contigo.
Ou talvez você seja um jovem empregado de um armazém ou oficina, e um de seus colegas recentemente se entregou a religião, e se você o encontra orando de joelhos, como você se diverte com ele, não é certo? Você e outros amigos se juntam como uma matilha de cães atrás de uma pobre lebre, e sendo ele uma pessoa bem mais tímida, talvez não responda nada, o se fala, as lágrimas correm pelos seus olhos, porque feririam seu espírito.
Agora, este é exatamente o mesmo espírito que acendeu as brasas de antigamente. Que torturou o santo sobre a poste do tormento. Que picou seu corpo e o enviou errante, vestido com peles de ovelhas e com peles de cabras. Se não descrevi com precisão seu caráter ainda, poderia fazê-lo antes de haver concluído. Desejo dirigir-me em particular a aqueles que, de palavra ou de obra ou de qualquer outra maneira, perseguem os filhos de Deus; ou se não gostam de uma palavra tão dura como “perseguir”, então que se ria deles, que se lhes oponham, e que se esforcem para por fim a boa obra que está se desenvolvendo em seus corações.
Em nome de Cristo, em primeiro lugar, vou lhes fazer a pergunta: “Saulo, Saulo, por que você me persegues?” Em segundo lugar, em nome de Cristo, vou repreendê-los: “Dura coisa te é recalcitrar contra os aguilhões;” e logo, se Deus abençoar o que é dito para comover os corações, pode ser que o Senhor lhes de algumas palavras de consolo, como fez com o apóstolo Paulo, quando lhe disse: “Mas levanta-te e põe-te sobre teus pés, porque te apareci por isto, para te pôr por ministro e testemunha tanto das coisas que tens visto como daquelas pelas quais te aparecerei ainda.”
I. Então, em primeiro lugar, vamos considerar a PERGUNTA QUE JESUS CRISTO FEZ A PAULO DESDE O CÉU, tem sido feita para cada um de vocês hoje.
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FONTE: Projeto Spurgeon - Proclamando a CRISTO crucificado
Sermão pregado na manhã de Domingo 27 de Junho de 1858,
Por Charles Haddon Spurgeon
No Music Hall, Royal Surrey Garden, Londres.
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“E, caindo nós todos por terra, ouvi uma voz que me falava, e em língua hebraica dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa te é recalcitrar contra os aguilhões.” Atos 26:14.
Quão maravilhosa é a condescendia que levou o Salvador a fixar os olhos em um ser desprezível como Saulo! Entronizado nos altos céus, em meio às melodias eternas dos remidos, e dos sonetos seráficos dos querubins e de todas as hostes angélicas, é estranho que o Salvador se inclinasse de Sua dignidade para falhar com um perseguidor. Ocupado como está, tanto de dia como de noite, em argumentar a causa de Sua própria igreja diante do trono de Seu Pai, unicamente a benignidade o levou, por assim dizer, a suspender Sua intercessão para falar pessoalmente com alguém que havia jurado ser Seu inimigo. E, que graça admirável moveu o coração do Salvador para buscar um homem como Saulo, que havia proferido ameaças contra Sua igreja!
Não havia ele homens e mulheres presos na prisão? Saulo não havia forçado os cristãos a blasfemarem o nome de Jesus em cada sinagoga? E agora o próprio Jesus intervém para que Saulo caia na razão! Ah, se tivesse sido uma faísca que vibrasse em sua pressa para alcançar o coração do homem, não nos surpreenderíamos. Oh se os lábios franzidos do Salvador tivessem pronunciado uma maldição, não nos assombraríamos. Por acaso Ele mesmo não havia amaldiçoado em vida o perseguidor? Não havia dito: “Qualquer que fizer tropeçar uns destes pequeninos que creem em mim, melhor seria que amarasse ao pescoço uma pedra de moinho, e que fosse lançado nas profundezas do mar”?
Mas agora o homem que foi amaldiçoado com essa linguagem, seria abençoado pelo mesmo que havia perseguido; e ainda que suas mãos estavam manchadas com sangue, e agora levava a permissão em suas mãos para encerrar os outros na prisão, e ainda que havia cuidado das roupas daqueles que apedrejaram Estevão, apesar de tudo isso, o Senhor, o Rei do céu, dignou-se de falar pessoalmente dos mais altos céus para levá-lo a sentir a necessidade de um Salvador, e para fazê-lo participante da fé preciosa.
Eu afirmo que está é uma maravilhosa condescendência e uma graça incomparável. Mas, amados, quando recordamos o caráter do Salvador, não deveríamos ficar surpresos que Ele fez isso, pois fez coisas maiores. Acaso Ele não abandonou os tronos estrelados do céu, e desceu a terra para sofrer, sangrar e morrer? Quando penso no casebre de Belém, no cruel jardim do Getsemani, e no mais vergonhoso Calvário, não me surpreende que o Salvador faça qualquer ato de graça ou condescendência. Havendo feito isto, o que poderia ser maior? Se Ele desceu do céu ao Hades, que maior condescendência poderia realizar? Se Seu próprio trono permaneceu vazio, se Ele despojou-se de Sua própria coroa, se Sua Deidade devia ser revelada pela carne, e os esplendores de Sua Deidade foram vestidos com os trapos da humanidade, o que nos surpreende, pergunto, que Ele tenha consentido em falar com Saulo de Tarso, para atrair seu coração a Ele?
Amados, alguns de nós não estamos surpresos tão pouco, pois ainda que não recebemos maior graça que o próprio Apóstolo, tão pouco temos recebido menor que graça que ele. O Salvador não falou conosco do céu com uma voz audível, mas falou com uma voz que nossa consciência escutou. Não estávamos sedentos de sangue, pode até ser, contra os Seus filhos, mas havíamos cometido pecados atrozes e sombrios.
Contudo, Ele nos deteve. Não se contentou em cortejar-nos, nem com ameaçar-nos, nem se contentou em enviar Seus ministros para que nos dessem Sua palavra de advertência sobre nossos deveres, mas Ele mesmo quis vir até nós. E vocês e eu, amados, que temos experimentado esta graça, podemos dizer que foi um amor incomparável o que salvou Paulo, mas não um amor único; pois Ele também nos salvou, e nos tem feito participantes da mesma graça.
Hoje tenho a intenção de dirigir-me especialmente aqueles que não têm temor do Senhor Jesus Cristo, mas que ao contrário, se opõem a Ele. Estou muito seguro que não há ninguém aqui que chegue ao ponto de desejar reviver a velha perseguição da igreja. Não creio que há algum inglês, independentemente de quanto possa odiar a religião, que deseje ver outra vez a fogueira de Smithfield, com sua pira consumindo os santos. Pode haver alguns que nos odeiam com igual intensidade, mas ainda assim, não daquela maneira; o sentido comum de nossa época se opõe a forca, a espada e o calabouço. Os filhos de Deus, pelo menos neste país, estão livres de qualquer perseguição política desse tipo; mas é altamente provável que haja algumas pessoas aqui presentes, que fazem todo o possível, e se esforçam ao máximo para provocar a ira do Senhor, opondo-se a Sua causa. Talvez vocês possam se reconhecer se eu descrever. Raras vezes veem a casa de Deus; de fato sentem desprezo por todas as reuniões dos justos; tem um conceito que todos os santos são uns hipócritas, que todos que professam a fé são falsos, e não se envergonham de falar isso. No entanto, tem uma esposa, e essa sua esposa sente-se impressionada pelas vozes do ministério; ela adora casa de Deus, e só Deus e seu coração sabem quanta dor e quanta agonia mental tem causado a ela. Quantas vezes têm zombado e feito piada com ela por causa de sua profissão de fé! Não podem negar que se tornou uma mulher melhor por sua fé; se veem obrigados a confessar que ainda que ela não possa acompanhá-los em todas as suas diversões e jogos, até onde é possível, é uma esposa amorosa e afetiva com eles. Se alguém pretendesse encontrar falhas, vocês defenderiam seu caráter com hombridade; mas odeiam sua religião e recentemente ameaçaram-na tranca-la em casa no dia de Domingo. Dizem que é impossível morarem juntos na mesma casa se ela visita a Casa de Deus. Eles também têm uma filha pequena; não se opuseram que a menina participasse da escola dominical, pois isso colocava ela fora de casa no dia de Domingo, para fumarem seu cachimbo; diziam que não queriam que seus filhos os molestassem, e portanto se alegravam de enviá-los para escola dominical; mas o coração dessa garotinha foi tocado, e não podem evitar comprovar que a religião de Cristo está em seu coração, e disso não gostam de modo algum. Amam a menina, mas dariam qualquer coisa para que essa menina não fosse o que é; fariam tudo para apagar qualquer faísca de religião nela.
Talvez posso descrevê-los com outro caso. Você é um patrão. Ocupa uma posição respeitável. Tem muitos homens sob seu cargo, e não pode suportar que algum deles faça uma profissão de religião. Outros patrões que você conhece têm dito a seus homens: “Faça como quiser, contanto que seja um bom servo, não me interessam suas convicções religiosas.” Mas, talvez, você seja o oposto; ainda que não mandasse embora alguém por causa de sua religião, de vez em quando faz de seu obreiro objeto de seu escárnio, e se descobre alguma pequena falha nele diz: “Ah! Isso é culpa da tua religião. Eu suponho que você aprendeu isso na Igreja”.E afliges a alma do pobre homem, enquanto ele se esforça o máximo possível para cumprir seus deveres para contigo.
Ou talvez você seja um jovem empregado de um armazém ou oficina, e um de seus colegas recentemente se entregou a religião, e se você o encontra orando de joelhos, como você se diverte com ele, não é certo? Você e outros amigos se juntam como uma matilha de cães atrás de uma pobre lebre, e sendo ele uma pessoa bem mais tímida, talvez não responda nada, o se fala, as lágrimas correm pelos seus olhos, porque feririam seu espírito.
Agora, este é exatamente o mesmo espírito que acendeu as brasas de antigamente. Que torturou o santo sobre a poste do tormento. Que picou seu corpo e o enviou errante, vestido com peles de ovelhas e com peles de cabras. Se não descrevi com precisão seu caráter ainda, poderia fazê-lo antes de haver concluído. Desejo dirigir-me em particular a aqueles que, de palavra ou de obra ou de qualquer outra maneira, perseguem os filhos de Deus; ou se não gostam de uma palavra tão dura como “perseguir”, então que se ria deles, que se lhes oponham, e que se esforcem para por fim a boa obra que está se desenvolvendo em seus corações.
Em nome de Cristo, em primeiro lugar, vou lhes fazer a pergunta: “Saulo, Saulo, por que você me persegues?” Em segundo lugar, em nome de Cristo, vou repreendê-los: “Dura coisa te é recalcitrar contra os aguilhões;” e logo, se Deus abençoar o que é dito para comover os corações, pode ser que o Senhor lhes de algumas palavras de consolo, como fez com o apóstolo Paulo, quando lhe disse: “Mas levanta-te e põe-te sobre teus pés, porque te apareci por isto, para te pôr por ministro e testemunha tanto das coisas que tens visto como daquelas pelas quais te aparecerei ainda.”
I. Então, em primeiro lugar, vamos considerar a PERGUNTA QUE JESUS CRISTO FEZ A PAULO DESDE O CÉU, tem sido feita para cada um de vocês hoje.
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FONTE: Projeto Spurgeon - Proclamando a CRISTO crucificado
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Caminhoneiros são Importantes para Deus? - Paul Rude
A entrevista que passava no rádio do meu
carro era bastante padrão. O apresentador de um programa cristão estava
entrevistando um astro da música cristã muito popular — algo que não me
interessava muito enquanto eu dirigia pela rodovia. Mas então a
discussão entrou no tópico de servir ao Senhor no ministério. O músico
contou a todos os ouvintes como seu irmão havia sido um caminhoneiro,
mas abandonou o trabalho para servir ao Senhor como pastor assistente.
Isso atraiu uma calorosa afirmação do apresentador, que estava na
verdade rindo da comparativa insignificância de ser caminhoneiro. O
astro musical então contou suas palavras congratulatórias a seu irmão:
“Eu sempre soube que havia mais em você do que ser um caminhoneiro.”
Há 3.2 milhões de caminhoneiros nos Estados Unidos.
Eu desliguei a entrevista e dirigi silenciosamente pela rodovia, imaginando: O
que estão sentindo agora os caminhoneiros que ouviram isso? Um
superastro cristão acaba de sugerir que 3.2 milhões de caminhoneiros são
menos significantes do que pastores assistentes.
Uma massiva questão agora paira no ar —
uma questão com profundas implicações para a significância de sua vida e
vocação: Os caminhoneiros — os mesmos caminhoneiros que transportam
nossa comida, nossas roupas, nossos materiais de construção, e nossos
sistemas de som da igreja — menos significantes para Deus?
Definitivamente, a única medida real de
significância é o quanto algo ou alguém é valorizado por Deus. Mas
muitas pessoas por engano creem que Deus só valoriza trabalho
ministerial, porque lida com almas eternas. Em suas mentes, o ministério
é o único trabalho que conta para a eternidade. Assumem que Deus
atribui pouco valor no trabalho que lida com coisas temporais do
dia-a-dia, se é que atribui algum valor. A posição implícita de nossas
vocações é óbvia. Além disso, quando alguém que sustenta essa posição
não tem cuidado com as palavras, soa como se estivesse aplicando aquela
mesma posição ao valor individual de cada pessoa para Deus. Nosso
superastro provavelmente não quis sugerir que caminhoneiros sejam menos
significantes para Deus, mas foi isso que muitos de nós ouvimos.
Chamado Superior?
Eu já ouvi centenas de testemunhos
similares em seminários, conferências e igrejas por todo o continente.
Você provavelmente também já ouviu. Missionários, pastores, e membros de
equipes de salvamento elevam-se e nos contam sobre o salto de quase
toda profissão imaginável. Eles responderam ao “chamado superior” do
ministério de tempo integral. Eles abandonam seus empregos no mercado
para fazer algo significativo — algo “para o Senhor.” Enquanto isso,
todo o resto do mundo, a mão de obra remanescente, olha para o alto a
partir de um banco de igreja e ouve as histórias — histórias
frequentemente ornamentada com o desprezo ao antigo trabalho “sem
sentido” do orador.
Os públicos às vezes afirmarão a decisão
do orador de saltar “do sucesso ao significado” oferecendo um “Amém!”
ou “Aleluia!” Eles podem até mesmo dar ao orador uma salva de palmas.
Mas o que o caminhoneiro — aquele sentado em silêncio nove bancos atrás,
o terceiro da esquerda — está sentindo naquele momento? E o piedoso
contador, o engenheiro, o vendedor de varejo, o gerente bancário, e
todas as outras pessoas que levantarão cedo na manhã seguinte se
dedicarão a trabalhos iguaizinhos ao que o orador renunciou — o que
todos eles devem sentir naquele momento?
Eles me contaram. Eu ouvi sua frustração,
suas histórias não reconhecidas, e às vezes seu desespero. Sabe, eu já
fui aquele orador — aquele em pé no palco recebendo os aplausos. Eu sou
um ex-diretor financeiro que se tornou um missionário e então de alguma
maneira acabou fazendo palestras públicas também. Sempre que eu falo, eu
fico mais um tempo depois e converso com indivíduos da plateia sobre
suas questões e preocupações específicas. Como resultado, eu tive
incontáveis conversas com pessoas buscando uma resposta para a questão
do significado. Eles sentam naqueles bancos e imaginam: Eu perdi meu
chamado na vida? O trabalho da minha vida é insignificante para Deus? O
ministério é a única maneira de impactar a eternidade? Às vezes eles olham para baixo em resignação e culpa — culpa vocacional. Mas essa culpa é uma mentira.
A Belíssima Verdade
A verdade é belíssima. A verdade é que o
trabalho comum, diário, terreno da vida cristã possui um significado de
tirar o fôlego outorgado pelo toque da magnífica glória de Deus. Deus
tira a ardente eternidade fundida da forja de sua soberania. Depois,
como um mestre a seu aprendiz, ele confia o martelo às nossas mãos
(Eclesiastes 9:10; Colossenses 3:17, 23; 1 Coríntios 10:31; 2
Tessalonicenses 3:6-12). Ele diz: “Bata! Bata bem aqui. Este é o seu
lugar. É aqui que eu quero que você influencie a eternidade. Viva a vida
que eu lhe dei para viver.” E então, em balbuciante reverência, nós
tomamos o martelo. Nós vivemos nossas vidas — nossas comuns, diárias e
árduas vidas. O martelo cai. Faíscas voam. A eternidade dobra, e o
Mestre está satisfeito (Mateus 25:21).
Deus, o Criador do universo, destina
nossas vidas diárias para fazer uma diferença? Isso aí. Filtros de
combustível, declarações de imposto de renda, roupa suja, e churrasco
gaúcho são importantes para ele? É isso aí (especialmente churrasco
gaúcho). Uma vida como um engenheiro, um florista, ou um corretor de
imóveis guiados pelo evangelho pode ser tão significante para Deus
quanto a vida de um pastor, um missionário ou um salva-vidas
humanitário? Com certeza.
Há algo massivo acontecendo aqui — a
épica história cósmica de Deus — e nós estamos bem no meio dela. Ele
sabe o seu nome e o meu. Ele deu a cada um de nós uma vida para viver —
uma vida comum e diária — um lugar particular para que nós moldemos a
eternidade (Filipenses 1:27; Colossenses 1:10; 1 Tessalonicenses 2:12;
4:11; 2 Tessalonicenses 3:6-12).
Você e eu olhamos para nossas vidas
ordinárias e pensamos: “Sério? Isso deveria ser épico?” Mas o Mestre se
agrada dela. Ele forja sua obra prima com ela. E quando virmos o que ele
fez com ela, ficaremos surpresos (1 Coríntios 2:9). Vai emocionar as
almas dos homens, deslumbrar os anjos, agradar o coração de Deus, e
glorificar seu nome. Para sempre.
Este excerto foi adaptado do novo livro de Paul Rude Significant Work: Discover the Extraordinary Worth of What You Do Every Day (Trabalho Significativo: Descubra o Valor Extraordinário do que Você Faz Diariamente) (Everyday Significance, 2013).
Paul Rude é consultor ministerial, palestrante, e fundador da Everyday Significance,
uma organização dedicada a ajudar as pessoas a conectar a fé
cristocêntrica ao dia-a-dia. Antes de fundar a Everyday Significance,
Paul passou oito anos trabalhando em missões como líder de ministério.
Antes disso, ele passou uma década na adrenalina no mercado corporativo
da Fortune 500 — e adorava. Quando ele não está palestrando ou
consultando, você pode encontrá-lo passeando de jangada ou escalando
montanhas. Paul vive na região rural do Alaska com sua esposa e seus
cinco filhos.
Por: Paul Rude. Copyright © 2013 The Gospel Coalition, Inc. Todos os direitos reservados. Original: http://thegospelcoalition.org/blogs/tgc/2013/01/15/do-truck-drivers-matter-to-god/
FONTE: Voltmos ao Evangelho
domingo, 27 de janeiro de 2013
Soberania e Salvação (sermão inédito de C.H.Spurgeon)
nº 60
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FONTE: Projeto Spurgeon - Proclamando a Cristo Crucificado
Um sermão pregado na manhã do Domingo, 6 de Janeiro, 1856
por Charles Haddon Spurgeon
Na Capela de New Park Street, Southwark, Londres.
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“Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra, porque eu sou Deus, e não há outro.” Isaías 45:22.
Há seis anos atrás, quase nesta mesma
hora do dia, me encontrava “em fel de amargura e em laços de
iniquidade.” Contudo, pela graça divina, já tinha sido conduzido a
sentir a amargura dessa servidão, e a clamar em razão da maldade dessa
escravidão. Buscando o descanso sem encontrá-lo, entrei na casa de Deus e
me sentei ali, temendo que, se levantasse o olhar, poderia ser cortado e
consumido completamente por Sua severa ira. O ministro subiu ao púlpito
e, da mesma forma como acabo de fazer, leu este texto: “Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra, porque eu sou Deus, e não há outro.” Eu olhei no mesmo instante e a graça da fé me foi outorgada ali; e agora creio que posso afirmar verdadeiramente:
“Desde que pela fé vi a torrente,
Que é alimentada por Suas feridas sangrentas,
O amor redentor foi meu tema,
E assim será até que morra.”
Que é alimentada por Suas feridas sangrentas,
O amor redentor foi meu tema,
E assim será até que morra.”
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FONTE: Projeto Spurgeon - Proclamando a Cristo Crucificado
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Davi Charles Gomes - Qual a diferença entre a punição e a disciplina divinas ?
A quem é que Deus pune, e a quem é que Ele disciplina? Qual a diferença
entre a punição e a disciplina? No vídeo abaixo (2 min.), Davi Charles
Gomes resume rapidamente a diferença dos dois.
Disciplinados, sim; amaldiçoados, não!
Disciplinados, sim; amaldiçoados, não!
A diferença explicada no vídeo é crucial, principalmente tendo em vista a ideia, dissiminada pela
horrível teologia da prosperidade, de que um crente pode ser
amaldiçoado. Não há sequer um vversículo que afirme isso, mas somos
lembrados que, em Cristo, somos plenamente aceitos por Deus e que somos
abençoados, pois Cristo tomou a nossa maldição:
De modo que os da fé são abençoados com o crente Abraão. Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las. E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé. Ora, a lei não procede de fé, mas: Aquele que observar os seus preceitos por eles viverá. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro) (Gl 3:9-13)
Sendo assim, quando estamos passando por
alguma dificuldade ou provação, não estamos sendo amaldiçoados por
Deus. Deus nunca estará contra nós se estamos em Cristo. Pode ser
que Deus esteja nos disciplinando por algum pecado em nossa vida,
conforme nos ensina Hebreus 12. Pode ser que a tribulação tenha outro
motivo. Mas em toda situação da vida, “sabemos que todas as coisas
cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados
segundo o seu propósito” (Rm 8:28).
Por Davi Charles Gomes. © IPP. Website: ippaulistana.org
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